domingo, 1 de março de 2009

Nassif & Cruel Control: Deadly Duo

Pro Tour: Kyoto chega ao fim, e quem permanece em pé com o baixar da poeira é ninguém menos que Gabriel Nassif, um grande jogador que dispensa apresentações. A escolha dele para o campeonato foi uma versão de Cruel Control segundo ele designada por Patrick Chapin, Manuel Bucher e Guillaume Wafo-Tapa, incontestáveis mentes no que diz respeito ao Cruel Control/Quick n Toast. Quando sorte, skill e um deck sólido se combinam o resultado é esse mesmo: vitória no Pro Tour. Afinal, a partida decisiva foi disputada por dois jogadores que dispunham de cada um desses três atributos: o já citado Nassif, e a grande estrela do momento no Magic, Luis Scott-Vargas, com seu BW tunadíssimo. No decorrer desse post quero analisar o deck do Nassif, bem como o ambiente do Pro Tour, pra saber como exatamente ele conseguiu levar, depois de vários Top8s, o seu primeiro Pro Tour (individual).

Deck to beat: RW Reveillark

Não vou ser modesto aqui e chamar os pros de ''visionários'' pela previsão correta da maioria fez em Kyoto. O deck to beat foi mesmo o RW Reveillark e isso não foi surpresa pra ninguém. Era só acompanhar os últimos campeonatos de antes do Pro Tour, RW estava sempre presente nas primeiras colocações. O próprio Tomoharu Saitou levou um campeonato grande no Japão com uma lista refinadíssima de RW, usada com grande sucesso por diversos players em trials da Magic-League (e em outros campeonatos mundo afora, tenho certeza).

Com isso em mente, o objetivo de cada jogador competitivo de Magic nessas últimas semanas era realizar uma de duas tarefas:
A) Encontrar a melhor lista de RW, capaz de levar vantagem no mirror e também capaz de segurar os outros decks populares como Fadas, Cruel Control, e BR Blightning, entre outros.
B) Encontrar um deck que seja favorito no matchup contra RW, mas que também segure o rojão contra os outros decks Tier 1/1.5.

Não é uma tarefa fácil, claro. O Fadas, por exemplo, é um deck excelente no abstrato, uma vez que a sequência natural de spells do deck é muito, muito forte. Thoughtseize seguido de Bitterblossom, depois de Spellstutter/Jace/Broken Ambitions, com Cryptic Command/Mistbind Clique pra finalizar. É muito complicado segurar essa sequência de cartas, que começa já nos primeiros dois turnos do jogo! O Fadas naturalmente leva uma certa vantagem sobre o RW, que é um deck com muitos feitiços (vários com custo 4-5) e poucos instants, ou seja, presa fácil para os counters e para a Mistbind Clique. E graças a cartas excelentes de side como Infest e Puppeteer Clique, mesmo pós side o Fadas leva vantagem. Eu sei que alguns jogadores vão discordar, vão dizer que a matchup é no mínimo 50-50 ou que ''RW ganha de Fadas", mas eu não acredito nisso. O Fadas não seria tão significativo no ambiente se isso fosse verdade. Só que o Fadas tem um grande problema, principalmente nas mãos de jogadores com menos experiência em pilotar o deck: a match contra BR Blightning e Mono Red. Claro, um PV sabe o que fazer e consegue trazer a match pra cima, mas isso é exceção. A boa pra Kyoto, então, era achar um deck que ganhasse de RW mas que não fosse o Fadas, uma vez que os decks de burn são bastante populares entre os Pros (principalmente entre aqueles que são melhores em Limited e não querem perder muito tempo pensando/testando Constructed). E um deck bem posicionado no ambiente levando em conta esses fatores é o deck escolhido pelo Nassif e os outros franceses, o já famoso Cruel Control. Segue a lista de Gabriel Nassif, campeão do Pro Tour: Kyoto:

Cruel Control - Gabriel Nassif, Pro Tour: Kyoto 2009
Designed by Patrick Chapin, Manuel Bucher, Guillaume Wafo-Tapa

3 Cascade Bluffs
2 Exotic Orchard
3 Island
1 Mystic Gate
4 Reflecting Pool
4 Sunken Ruins
2 Vivid Crag
4 Vivid Creek
3 Vivid Marsh
2 Vivid Meadow

3 Broodmate Dragon
4 Mulldrifter
3 Plumeveil
3 Wall of Reverence

4 Broken Ambitions
1 Celestial Purge
2 Cruel Ultimatum
4 Cryptic Command
4 Esper Charm
1 Pithing Needle
1 Terror
4 Volcanic Fallout

Sideboard
1 Celestial Purge
2 Infest
2 Negate
1 Remove Soul
4 Scepter of Fugue
1 Wispmare
2 Wrath of God
2 Wydwen, the Biting Gale

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A principal diferença dessa lista pra outras listas mais comuns de Cruel Control é a inclusão de Wall of Reverence no lugar de Wrath of God. As cartas são muito similares, já que ambas são defensivas, brancas, e custam 4 manas. Mas o ''approach'' de cada uma delas é bastante divergente. A Wall of Reverence é uma carta que força o oponente a cometer mais e mais criaturas na mesa, pois sua resistência é bastante alta (pára praticamente tudo exceto Chameleon Colossus e Cloudthresher, cartas que já não veem tanto jogo assim) mesmo sem contar o lifegain. Com apenas uma criatura do outro lado a race está a seu favor, pois você bloqueia normalmente e termina cada turno com mais vida do que começou. E mesmo com duas criaturas do outro lado, se uma delas for apenas 2/2, por exemplo, você toma só 1 ponto de dano por turno. Isso se você tiver apenas a Wall of Reverence na mesa e mais nada, caso contrário fica ainda pior pro seu oponente.

Wall of Reverence ou Wrath of God?

Mas por que isso é melhor que limpar a mesa com uma Wrath? A resposta está na nossa frente. As criaturas que definem o formato são os tokens: Bitterblossom, Spectral Procession, Cloudgoat Ranger, e Siege-Gang Commander. Quando você toma uma Wrath que limpa seus tokens, seu oponente trocou 1 pra 1 com você, pois você perdeu apenas 1 carta apesar de perder 3-4 criaturas. Ou, no caso da Bitterblossom, você perdeu apenas alguns pontos de vida, e a Blossom continua cuspindo fadas na mesa normalmente depois de uma Wrath. A Wall of Reverence oferece uma maneira de anular essas cartas, pois além de ter 6 de resistência e ganhar no mínimo 1 de vida por turno, ela possui 1 de poder, matando os tokens aos poucos toda vez que seu oponente atacar com um deles (mesmo os voadores, já que a Wall of Reverence voa junto). Por ela ficar na mesa, ela vai resolvendo os problemas aos poucos mas continuamente, o que não acontece com a Wrath, já que seu oponente pode simplesmente dropar um Cloudgoat ou um Siege-Gang logo depois da Wrath, trazendo outro problema pra você lidar que não pode ser resolvido por uma simples spot removal como Terror, Bant Charm, Path to Exile, etc.

Além de proporcionar uma grande defesa graças a seu tamanho e habilidades, a Wall of Reverence também força seus oponentes a caminhar direitinho na direção de um Firespout ou, como é o caso agora, um Volcanic Fallout. Ora, se a Wall of Reverence exige que seu oponente coloque mais criaturas na mesa do que o normal, isso faz com que o poder de um Volcanic Fallout aumente considerávelmente, já que ele levará consigo uma quantidade maior de criaturas, resultando numa grande card advantage pra você. E a Wall of Reverence continua viva depois que a poeira baixa, o que não acontece quando você joga com Wrath of God ao invés dos sweepers vermelhos.

Além dessa sinergia toda, o deck ainda conta com o suporte de Plumeveil, uma carta excelente no formato contra praticamente todos os decks exceto o mirror. Mesmo contra fadas (ou especialmente, graças ao Flash), Plumeveil é muito, muito forte. Por apenas 3 manas você tem um 4/4 com três habilidades, todas muito relevantes. Sim, todas. Um deck defensivo que utiliza um 4/4 por três manas estaria em grande perigo caso esse 4/4 fosse para o outro lado (roubado por uma Sower of Temptation, claro), mas isso não é problema com Plumeveil, já que ela não ataca ninguém. É um dos problema de usar Rhox War Monk nesse slot: E se o fadas roubar com uma Sower, e conseguir desvirar com mana suficiente pra protegê-la com Scion ou counters? Seu 3/4 Lifelink se torna um grande problema, e você vai ter que usar uma remoção nele próprio, o que é uma desvantagem tremenda. Plumeveil é melhor em abstrato, mas é também muito relevante a sinergia entre as duas barreiras. Com Wrath fora do deck não há problema algum em contar com elas, e Plumeveil + Wall of Reverence na mesa significa 4 pontos de vida por turno e um piloto de Cruel Control praticamente inalcançável por criaturas.

Contornando Plumeveil e Wall of Reverence: Uma tarefa nada simples...

Por esse motivo, cartas como Stillmoon Cavalier e Goblin Outlander são tão importantes no formato, driblando uma infindade de coisas tais como Path to Exile, tokens de Procession e Cloudgoat, White Orchid/Meadowgrain e, claro, Plumeveil e Wall of Reverence. Mas mesmo essas criaturas tão resistentes são solucionáveis pelo Cruel Control do Nassif, graças aos 4 Volcanic Fallouts que estão a postos pare queimar estes e outros impecilhos. O deck é realmente muito sólido e sinérgico, já que os problemas que uma carta não soluciona são resolvidos pelas outras, e vice-versa. Graças aos Mulldrifters e Esper Charms, o deck tem meios suficientes de alcançar as respostas corretas para os problemas que surgem, esculpindo o jogo para que um eventual ''topdeck'' encerre a questão. Cruel Ultimatum e Broodmate Dragon estão aí pra isso, para encerrar o jogo quando você conseguir segurar o assalto inicial e estabilizar. Seu oponente terá gasto muitos recursos para contornar suas barreiras e removals, se tornando presa fácil para as spells de fim de jogo. Imagine você praticamente sem mão e sem mesa, olhando seu oponente fazer ''seis manas Broodmate vai". O que você faz a respeito? Ao contrário de Oona e Cloudthresher, Broodmate é um finisher que um simples Path to Exile ou similar não consegue resolver. Ainda sobra o irmão 4/4, que é mais que o suficiente pra selar uma partida já estabilizada a favor do jogador de Cruel Control.

Possíveis mudanças?

Eu gosto muito da lista do Nassif, tirando três slots que eu considero bastante perdidos: 1 Celestial Purge, 1 Pithing Needle, 1 Terror. O deck não usa mais Liliana Vess, então qual é a dessas cartas? Gosto muito de Purge, acho até viável no maindeck, mas eu usaria 2 ou nenhum. É o caso de Terror também. A Pithing Needle dificilmente será morta já que todos os decks usam alguma coisa ativável, mas e se essas cartas já foram resolvidas ou o oponente simplesmente não as comprou? Aí a Needle se torna morta sim. Uma opção para unificar esses slots é usar alguns Paths. Path to Exile é muito forte, e sua ausência é notável, mesmo que um tanto compreensível. De qualquer forma, sinto falta da possibilidade de pular de 5 manas pra 7 no mirror, fazendo Plumeveil + Path to Exile no passe pra seguir com um Cruel Ultimatum. Eu entendo que dar uma land de graça pro oponente não é algo desejável, mas será que é mesmo um problema tão grande assim? Os decks de Cloudgoat Ranger/Siege-Gang Commander podem até fazê-los um turno mais cedo graças a um Path seu, mas com 6 barreiras e 4 Fallouts será que isso é mesmo um problema? Sinto falta também de Ajani Vengeant/Liliana Vess, que mesmo em quantidades pequenas são cartas muito eficazes no Cruel Control. De cara pensaria em transformar a Pithing Needle em 1 Liliana ou Nicol Bolas, e unificar Celestial Purge/Terror em 2 cópias de um ou outro, ao invés de 1 de cada. Ou mesmo 2 Path to Exile. O fato é que Noble Hierarch é uma carta muito forte e um Bant vai surgir eventualmente, o que faz a idéia de usar Celestial Purge maindeck perder um pouco do seu appeal. Prefiro sinceramente 2 Terrors ou 2 Paths.

De resto o deck me parece mesmo bastante sólido, não mudaria quase nada. Talvez mexer um pouco na proporção de Vivid Crags/Meadows e Bluffs/Gates. O deck usa 4 Fallouts mas usa 4 Esper Charms, o que me faz preferir usar 2 Bluffs e 2 Gates ao invés de 3/1 como o Nassif. Pra compensar, podemos aumentar o número de Vivid Crags pra 3, cortando uma Ilha, talvez, ou mesmo um Vivid Marsh pra manter o mesmo número de Vivids. Quanto ao side, não gostei muito da Wydwen. É só pelo Flash? Achei meio perdida, acho que tem coisa melhor para um deck que pode usar virtualmente todas as cartas do formato.

Nassif escolheu muito bem

Em conclusão, o Nassif realmente escolheu o melhor deck para o campeonato. Um deck com matchups favoráveis contra todos os W/x e decks de burn, e uma lista que não esqueceu da existência do Fadas. Somando a isso a skill do jogador (inegável, mesmo que alguns jogadores discordem comigo nesse ponto. Bertu, você discorda, não é?) e o fator sorte (ele realmente comprou muito bem), não é surpresa a vitória de Gabriel Nassif em Kyoto. Ele trouxe pra guerra as melhores armas, veio bem treinado, e soube abraçar a sorte quando ela passou na frente dele. Meus parabéns, e nada mais.

No decorrer da semana vou trazer uma idéia nova para o Standard, com base no metagame pós-Kyoto. Mesmo sendo uma tarefa complicada e pouco eficaz na maioria dos casos, eu realmente gosto de montar decks novos e/ou tentar fazer alguma mudança em decks comprovados (as famosas ''techs''), nem que seja pra me divertir por aí. Gosto de praticamente tudo no Magic, e essa parte não fica de fora.

Um abraço a todos, desculpem pelas postagens esporádicas, mas a Vida Real (TM) chama a cada minuto e no momento está complicado atualizar o blog 2-3 vezes por semana, minha idéia inicial. Mas acredito que logo mais eu consiga chegar nesse ritmo e mantê-lo, então peço paciência a todos. Aguardo seus comentários e sugestões, eles são realmente muito importantes por isso não deixe de postá-los.

Obrigado por ler, e até a próxima!
- Rafael Quadros

9 comentários:

  1. Concordo em partes... =P

    Pithing Needle eu acho ótimo, mesmo uma. Eu digo, eu não acho que caibam duas, mas ela é boa contra figure, manlands, planinautas... QUALQUER deck vai uma dessas, fora o Siege-Gang e outros...

    O Purge é bom porque tira a blossom (verifique meu blog, a melhor carta do t2), mas não posso usar dois, pq pode ser uma carta "a menos" se meu oponente estiver de Bant e.g.

    A única coisa que eu discordo no deck dele é 27 terrenos. Eu acho 26 um número justo, e aí abre um slot, para usar ou 2 terror ou 2 path. Acho que essa seria minha mudança...

    E acho que esse deck deve ser complicado a lot de pilotar, pq tem mtas cartas dificílimas de lidar (planinautas principalmente), então você precisa anular, por isso não parece ser simples saber quando você pode se fechar (acho que nem sempre você pode fazer um veil no passe e uma reverence no seu turno, mas as vezes deve, ou seja, precisa testar e treinar A LOT com esse deck =P ).

    Pretendo realmente analisar esse deck do primeiro land a última carta do side, mas preciso de tempo. =P

    E eu já havia previsto! Wydwen é uma máquina! Ela eh threat com flash, eh um bloquer DO CARALHO, e acho que ela talvez até caiba no lugar do terror. Imagina seu broodmate batendo junto com o irmão pra cima da reverence e cai uma dessas? Ouch! =)

    Abraços and keep the good job!

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  2. Concordo plenamente!

    cara, parabens pelo texto e se der vc poderia fazer uma review do Swans Control, sei la, ele parece legal!


    =D


    bom trabalho no blog, keep it up dude!


    flw

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  3. Se 5cc ganha de RW, Fadas ganha de RW e BW Tokens ganha de RW (segundo o Vargas), pq a maioria dos jogadores do PT resolveram jogar de RW?

    Tem alguma coisa errada nessa história toda. Mesmo com todo mundo assumindo que ganha de RW, um dos únicos decks invictos no suiço do PT foi o RW do Yamamoto.

    Texto muito bem escrito. Algumas referências do vídeo que o Patrick Chapin fez falando sobre o ambiente T2.

    Acho que você podia ter comentado também o fato do deck possuir 27 terrenos (número maior do que o normal) e jogar com 61 cartas.

    de resto, tá de parabéns!

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  4. A respeito do RW, o problema que as pessoas pensam q o deck joga sozinho, mas vejo que eh um dos decks mais dificeis de pilotar principalmente na abertura de jogo e na curva 5, logo talvez as pessoas usando ela tenham tido alguma dificuldade.

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  5. Só para complementar, dos 40 decks 6-2 ou melhor na parte Standard, a quantidade foi a seguinte:

    12 Boat Brew
    6 Kithkins
    5 Faeries
    4 5CC
    3 BW Tokens
    2 RW Kithkin
    2 Gb Elves
    1 BR Blightning
    1 BR Blightning-less
    1 Mono-Red
    1 Doran
    1 Dark Bant
    1 Planeswalker Control

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  6. Cara muito legal a sua analisada do Quick n Toast, mas eu gosto tanto do rhox, acho que o ele ganha o jogo tem a desvantagem da curvatura trabalhar e é clero de não matar figurinha no pump e hum esses slots ficariam legais as path o exile só para dar uma surprise , mas é teste

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  7. Acho que você falou bem das vantagens da Wall of Reverence no deck, mas deixou de citar as desvantagens. O Próprio Nassif comentou que não tinha certeza se achava elas melhores que as Cóleras no deck.

    Pra mim esse é um daquelas versões do 5cc que não podem ser usados mais de uma vez, ela foi feita especialmente para jogar em um ambiente especifico cheio de decks como RW e BW

    Como vc mesmo disse o deck não consegue lidar com criaturas "grandes" como um Colosso ou Cloudtresher (somente anulando ou Bounce com o Crypt Command), não é a toa que a única derrota dele no Standard foi para o Doran que fez top 4, coisa que as outras versões do 5CC teoricamente não teriam dificuldades para ganhar.

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  8. @Helio Sampaio: Entre na SCG e veja o vídeo do Patrick Chapin falando sobre o ambiente Standard.

    Ele fica um bom tempo dissertando o por que Plumeveil joga infinito mais que o Rhox War Monk no 5cc. :P

    @Allison: Esse "ambiente específico" será o T2 por um bom tempo. Ambiente repleto de Fadas, 5cc, BW, WW e RW.

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  9. @Thorgrim: 5CC ganha de RW mas ''perde'' pra Fadas e BR Blightning, pelo menos na cabeça da maioria dos jogadores de fora do círculo Bucher, Nassif, Chapin, Ruels, etc. É difícil montar a lista correta de 5CC, então o pessoal procurou em outro lugar. RW é o ''melhor'' deck, BW só ''ganha'' na mão de jogadores mto bons (como o LSV). O Sullivan, em seu artigo na Starcity, comenta exatamente isso: Na média os BWs se lascaram, mas nas últimas mesas eles estavam presentes, nas mãos dos bons pilotos. Ele lançou a pergunta ''será que BW não é um deck que só é bom na mão de um bom piloto?''. Acho que é por aí. BW e 5CC não eram boas opções para o ''jogador comum'', e como Fadas tem um matchup péssimo (Mono Red/BR), RW era sim a melhor opção de um modo geral. E como RW era a melhor opção, seria também a mais popular, e os bons jogadores que viessem com boas listas de 5CC seriam recompensados. Foi o que aconteceu com o Nassif.

    Sobre o tamanho do deck eu nem tinha reparado que eram 61 cartas :x mas discuti com o chineis eses dias e acho válido. 26 lands é pouco, 27/60 é muito, então 27/61 cabe bem melhor, já que é mais próximo de 26,5 do que 27. O nassif tem +- 1% menos chance de comprar a primeira cópia das 4-ofs do deck, mas em contrapartida a land ratio é melhor e ele consegue usar uma silver bullet a mais.

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